Clíticos reflexos e inerentes na variedade de português de São Tomé e Príncipe
DOI:
https://doi.org/10.26334/2183-9077/rapln10ano2023a10Palavras-chave:
português de São Tomé e Príncipe, clíticos reflexos e inerentes, variação e mudança linguística, aquisição L1/L2, contacto de línguasResumo
Este artigo foca-se em construções verbais que selecionam clíticos reflexos e inerentes em português de São Tomé e Príncipe. Alguns estudos têm apontado uma tendência para a omissão dos clíticos do paradigma reflexivo nas variedades africanas do português. Este estudo incidirá sobre a variedade falada em São Tomé e Príncipe, onde o português se encontra em fase de nativização. Terá uma primeira parte dedicada à revisão de literatura sobre estas estruturas em português europeu. Numa segunda parte, serão analisados dados orais de um corpus, com base nas variáveis escolaridade e idade. A análise quantitativa de ocorrências permitirá constatar qual é a relevância da estratégia de omissão na língua falada. Os dados recolhidos parecem, de facto, indicar que esta variedade do português apresenta uma forte tendência para a supressão do clítico. Os clíticos inerentes sofrem maior omissão do que os reflexos, embora estes também sejam suprimidos. Além disso, a variável escolaridade parece ter algum peso na estratégia privilegiada pelos falantes, ao contrário da variável idade. O estudo procurará ainda discutir se o contacto com o crioulo forro tem um papel relevante na estratégia de omissão ou se, pelo contrário, esta se deve a uma mudança linguística resultante da aquisição (histórica) do português como L2.
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