Aquisição de segunda língua e mudança linguística: o caso dos sujeitos nulos
DOI:
https://doi.org/10.26334/2183-9077/rapln13ano2025a16Palavras-chave:
aquisição de L2, mudança linguística, sujeitos nulos, português europeuResumo
Este estudo investiga paralelismos entre a aquisição de L2 e a mudança linguística, explorando a hipótese de que a transição de uma gramática de sujeito nulo para uma gramática de sujeito obrigatório segue princípios comuns nos dois contextos. O estudo centra-se na aquisição de inglês L2 por falantes nativos de português europeu, comparando-a com dados da mudança diacrónica no português brasileiro. 64 aprendentes portugueses de inglês L2 (níveis B1 a C2) e 12 falantes nativos de inglês realizaram uma tarefa de juízos de aceitabilidade rápida que cruzou as variáveis sujeito pronominal (pleno vs. nulo) e referencialidade (2p vs. 3p [+humano] vs. 3p [-humano] vs. expletivo). Os resultados mostram que, ao contrário dos falantes nativos de inglês, os aprendentes portugueses de inglês L2 não rejeitam sistematicamente sujeitos nulos. À medida que a proficiência aumenta, observa-se uma redução progressiva da aceitação de sujeitos nulos, que progride do extremo [+referencial] para o extremo [-referencial] da Hierarquia de Referencialidade. Os nossos resultados mostram que a referencialidade guia o desenvolvimento linguístico tanto na aquisição de L2 (PE L1 – inglês L2) como na mudança diacrónica (no PB).
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